quinta-feira, 28 de julho de 2011

Challenge Roth 2011 - Os Números

No rescaldo da participação na prova que assinalou os 10 anos do Challenge Roth, falta apresentar alguns números... "Numbers are just numbers..." Mas em todo o caso, um balanço objectivo faz falta, para complementar o relato feito a quente há cerca de duas semanas. Assim, em termos de classificação: 170º posto, em 338 participantes femininas; 31ª no escalão W40, entre 60 atletas. Tempo total de prova: 12h15 Natação: 1h22 Transição 1: 6'20'' Ciclismo: 5h37 (+ 3' parada devido a queda) Transição 2: 6'29'' Maratona: 5h00 Gráfico total da prova (uma anomalia na banda de transmissão não permitiu registar a frequência cardíaca durante toda a prova): Mas consegue-se perceber o 1º segmento referente à natação, seguido dos altos e baixos do ciclismo, para logo de seguida passar a um percurso maioritariamente plano, referente à corrida. O diploma para mais tarde recordar: Há realçar o 56º melhor tempo entre todas as participantes femininas, e o 12º do escalão W40, registado no segmento de ciclismo. Tempos só alcançáveis devido à grande ajuda que a Scott Plasma 20 me possibilitou! Por só dispor dos dados relativos à frequência cardíaca no segmento de ciclismo, só me é possível apresentar os seguintes elementos, vísíveis no 1º gráfico, supra: FC máxima: 191 batimentos/min; média: 151 Calorias: 3613 Kcal Vel. máx: 65.9 km/h; Vel. média: 31.3 km/h Temp máx.: 33º; média 25º Acumulado subidas: 1280mts, c/ uma percentagem de inclinação máx. de 15% (9º).

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Challenge Roth 2011 Race Coverage

O video do Race Coverage, embora com locução em Alemão. Imagens que captam bem o ambiente da prova, e em que também se pode ver pormenores das cadências dos Pros, de como se alimentam e hidratam em andamento, etc.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Magnífico CHALLENGE ROTH 2011!

“Gaivota que se preza tem de sentir as estrelas, analisar paraísos, conquistar múltiplos espaços. Gaivota que se preza precisa buscar perfeição. Importante é olhar de frente, em uma, em dez, cem mil vidas. Para Fernão nada é limite: voa, treina, aprende, paira sobre o comum do viver. Se o destino é o infinito, o caminho é nas alturas!” (in "Fernão Capelo Gaivota", Richard Bach) Caminhar nas alturas foi o que ambicionei ao lançar-me, na companhia de inestimáveis amigos, no sonho de cumprir o mítico Ironman de Roth. O sonho tornou-se realidade no passado dia 10 de Julho, em 12:15 de sangue, suor e lágrimas, num esforço físico e psicológico permanente, mas que o sonho empurrava para a frente, um km de cada vez… O ambiente de Roth só é perceptível para quem já lá foi: descrever a emoção de nadar, pedalar e correr rodeada de centenas, e finalmente milhares, de adeptos fervorosos, é tarefa impossível. Como explicar que a pacata vila de Roth, 25 kms a sul de Nuremberga, vive de e para este evento anual, que se realiza há cerca de 20 anos, há 10 no figurino actual? Como entender que as gentes de Roth e arredores se levantam de madrugada para estarem nas pontes e margens do Rothsee, o imenso canal onde se realiza a natação, e que se inicia às 06h30 da manhã? Como transmitir a sensação inebriante de ouvir chamar o nosso nome em terra estrangeira porque ele figura no nosso dorsal e os adeptos nos tratam como família e heróis? E finalmente, como descrever, no meio do suor, as lágrimas que surgem no canto do olho numa subida de 15% onde só uma bicicleta de cada vez passa devido aos mares de gente que se acumulam na estrada para apoiar os atletas? Impossível não é? Bem me parecia… Impossível é não nos emocionarmos nesta atmosfera que inebria, estimula e incentiva; que nos faz esquecer as imensas horas de treino, à chuva e ao vento, ao sol e até pela noite dentro; os dissabores de tanta dedicação e empenho muitas vezes incompreendidos e mal interpretados, que não são doença ou obsessão; são antes rigor e trabalho árduo, únicos valores que conduzem ao sucesso, e que são o apanágio do conceito “Ironman”, pelo menos para mim. Mas as dificuldades já passaram todas, as do antes e as do durante. Agora resta o depois, com todas as boas recordações e lições que constituem uma experiência como esta. Não mais esquecerei a amizade e solidariedade dos meus companheiros de Iron, participantes ou não, previstos ou imprevistos, bem como a hospitalidade do casal Winkler que nos alojou na sua quinta na povoação de Meckenlohe, a 4km de Roth. Não sou estreante na distância Ironman. Mas fui estreante num evento desta envergadura, com cerca de 3500 atletas à partida. Foram batidos os recordes do mundo na distância, tanto femininos como masculinos. Assinalaram-se os 10 anos da prova, com todo o tipo de acontecimentos: pasta party, helpers party, um enorme fogo de artifício como num reveillon… E em que outra prova do mundo é que a campeã do mundo em título coloca a medalha de Finisher ao pescoço de um vulgar participante? A Chrissie Wellington fá-lo, nesta prova onde vence há 3 anos consecutivos e onde já bateu 2 recordes do mundo de Ironman. Por tudo isto e por muito mais, o Challenge Roth é a prova que qualquer aspirante a Ironman tem de fazer uma vez na vida. Porque “Vê mais longe a gaivota que voa mais alto”. A todos, sem excepção, que me apoiaram, com uma simples palavra ou gesto, mesmo que não na altura, o meu grande BEM HAJAM!