quarta-feira, 19 de março de 2014

Uma espécie de "Ironman"...

Segmento de CICLISMO - Évora GranFondo Challenge Mumu Training:

180kms é a distância do segmento de Ciclismo no Ironman. E foram 182 os kms feitos no Sábado passado, dia 15 de Março, na companhia dos bem-humorados Mumu da Talega, como reconhecimento/treino do Évora GranFondo, o qual se irá realizar dia 27 de Abril. Também tivemos o privilégio de ter o melhor guia: nada mais nada menos que um dos responsáveis do GDR Canaviais, o clube organizador do GF!

Foi um dia muito bem passado em cima do selim, uma "manada" bem animada emprestou cor e manchas "avacalhadas" aos tons primaveris dos campos alentejanos.


Os desafios do dia foram a subida a Monsaraz e a Serra de Ossa. A subida a Monsaraz é curta, mas mais inclinada, enquanto a Serra de Ossa é uma longa subida com inclinação mediana, seguida de uma enorme e espectacular descida!

Monsaraz
Depois das duas subidas relevantes do dia, veio o constante sobe e desce característico alentejano, um ondulado permanente, autêntico parte-pernas.

Mas nem isso desarmou as "vacas", que seguiram a bom ritmo e animadas de um persistente e bem-humorado espírito vacum até ao Templo de Diana em Évora, onde será a Meta da aventura de Abril. Decerto a esplanada, e o que nela se ia beber, em muito contribuiu para uma chegada animada!

Templo de Diana - Évora

A vida é feita de momentos simples, que nos enchem de felicidade. Este foi um deles!

STRAVA Girls!


Segmento de CORRIDA - 24ª Meia-Maratona de Lisboa:

E no Domingo bem cedo, calcei os sapatos de corrida, coloquei o dorsal no respectivo cinto, um gel com cafeína no bolsinho do mesmo, e uma ampola do bendito Guaraná no bolso dos calções, e lá fui eu rumo ao congestionado "garrafão" da Ponte 25 de Abril, palco da partida da Meia-Maratona de Lisboa.


Passar a Ponte 25 de Abril sem pagar portagem é um privilégio de que poucos podem usufruir... só os que se atrevem a ir lá correr... e eu fui!

E aí vou eu, rumo ao segmento de Corrida, neste caso na metade da distância que se corre num Ironman, que é uma maratona completa. Fiquei-me pela distância corrida no Half-Ironman, que já é um bom "empeno", com os kms pedalados que levava nas pernas!

O colorido é fantástico, menos fantástico é ter de fazer "slalom" no tabuleiro da ponte, em cima da grade lateral que é horrível para os pés, de um lado para o outro, para poder de facto começar a correr! Mas faz parte.


Depois do tabuleiro vem a descida para Alcântara, que sabe muito bem. Na curva, a entrar na 24 de Julho, tive de fazer uma paragem "técnica" (km 6) inadiável... 1 minuto perdido, mas muito conforto ganho!

A prova seguiu em direcção ao Cais do Sodré, onde havia o retorno, em direcção a Algés. O calor vai aumentando, a fadiga também, as pernas estão moídas obviamente, mas como dizem os Mumus, é para fazer "nem c'a vaca tussa"!!!

Km 10 e tomo o gel, empurrado pela água, e aguardo tranquila pelo "boost" da cafeína!

Passamos junto à meta em Belém, mas é para seguir em frente, até Algés, e só depois voltar. A chegar a Algés, cerca do km 15, mais ou menos, estou a um passo do marcador da 01h45, que consegui seguir durante algum tempo. Uau, a cafeína resultou! Mas não me deixo embriagar, para quê? Num Ironman isso seria a pura da loucura. Então eu estou aqui para treinar para o IM, e para me divertir, e não para contrair nenhuma lesão.

Falta o pior, o km17 foi a "parede" desta Meia-Maratona para mim, por isso deixo o marcador e sigo ao meu ritmo. Que recta tão interminável! E que cheirinho a peixe grelhado ali nas tascas do Dafundo! Se bem que dado o esforço e o calor, acho que vomitava se o comesse!

Finalmente o retorno! Estamos lá! Boraaaaaaaa!

Faltavam cerca de 3.5kms quando acelero um pouco, dentro do possível. Ingiro a ampola do Guaraná e meto o passo de umas raparigas que vão ali à frente. Ultrapasso-as, e já só vejo os insufláveis da meta! Força nas canetas!

Olho para o relógio de prova - 01h50 - olho para o meu relógio, e corto a meta! DONE!!!!!!!!!!!

Happy!


Os 2 geladinhos da Olá na zona de Recovery souberam-me pela vida!

Obrigada ao Holmes Place pela oportunidade, e ao Paulo Teixeira e às suas Running Classes por me sentir tão bem! E a quem me acompanhou e tirou estas fotos (vocês sabem quem!!!), OBRIGADA!

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E assim foi esta espécie de Ironman.... ;-)

segunda-feira, 10 de março de 2014

IIº GeoTour Aldeias de Xisto 2014 no Dia Internacional da Mulher!

Que fim de semana espectacular para a prática do BTT!

Um tempo de Verão no Sábado, dia de Primavera no Domingo, num cenário idílico, com a Serra da Estrela e a Torre sempre visíveis e na linha do horizonte, com os seus topos ainda nevados, enquanto nós pedalávamos cá mais abaixo... Ambiente 5*, organização 5*, amigos 5*... Em suma, o enquadramento perfeito após um longo e chuvoso Inverno, para tirar o pó e/ou a lama às BTTs!

Foto: Agnelo Quelhas

A Cova da Beira é um local mágico, e as Aldeias de Xisto da zona também, sendo algumas também Aldeias Históricas. O percurso adivinhava-se duro, e não desiludiu... Também não desiludiu, conseguiu antes surpreender pela positiva, no que toca à beleza dos lugares, aos single tracks que a organização conseguiu escolher para o percurso, às subidas desafiantes... O rio Zêzere sempre a acompanhar e a proporcionar uma imagem de "frescura" em quase qualquer lugar, tendo os participantes percorrido uma boa parte da Grande Rota do Zêzere.


Também de salientar a passagem por uma zona adjacente ás antigas minas da Panasqueira, que proporcionaram belas imagens e belas sensações, parecendo um cenário de outro planeta, devido à presença de uma duna gigante do nosso lado esquerdo, e o Zêzere do nosso lado direito... Surreal!

Além da serra da Gardunha, o percurso também visitava a serra do Açor. Tanto uma como outra são sinónimos de grandes acumulados, e topos com graus de inclinação acentuadíssimos, especialmente o Açor, que estava reservado para o 2º dia de prova.

Foto: Agnelo Quelhas

O GeoTour permite a participação em Duplas ou a Solo, existem classificações e tempos, mas embora toda agente goste de dar o seu melhor e ande ao seu melhor nível, o espírito que ali se vive é de grande camaradagem e descontracção, eliminando qualquer competitividade em excesso ou nociva à boa convivência entre todos.

Foto: Agnelo Quelhas

Abastecimentos impecáveis, pessoal simpático e prestável, para além da qualidade dos trilhos, e condições de alojamento, alimentação e transporte de fazer corar muitas e muitíssimo mais caras organizações... Em suma, toda esta fórmula tem os ingredientes certos para o sucesso que já alcançou na 1ª edição e que consolidou nesta 2ª Edição.

Os meu aplauso e o meu agradecimento ao BTT Gardunha e colaboradores, a todos os companheiros, e em especial ao meu parceiro de prova!

Uma nota muito especial à gentileza da oferta da massagem proporcionada às participantes femininas por ocasião do Dia Internacional da Mulher, serviço da FisioMais. Que bela forma de celebrar a nossa condição de MULHERES de TOPO, que nos vamos bater com os homens num mundo de homens, mas sem perder a nossa feminilidade! Parabéns Meninas!

Bem hajam todos!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ataque ao Montejunto - versões 1.0 e 2.1

Versão 1.0:

Num bonito dia de sol - at last - a 23 de Fevereiro, a malta da Kombina Bike Shop foi atacar o Montejunto.


A vontade de pedalar na rua e dizer adeus à chuva era muita! Lá fomos nós, um pelotão muito bem composto e sempre muito bem acompanhados pelo Staff, desde o Parque das Nações até Alenquer e daí ao Montejunto.


Há dias "não".. e desde cedo percebi que aquele era um deles... mas no worries... pedala-se na mesma, apenas com mais um pouco de sofrimento e um bocado mais devagar, mas a vontade nunca é abalada por factores como este, de somenos importância quando vou tão bem acompanhada de amigos 5*, alguns inclusive com quem é raro pedalar..


Não era um dia muito tranquilo do ponto de vista do vento... só que para lá não se sentiu nada pois estava a favor. Durante a subida, sempre que a curva na estrada obrigava a mudar de direcção, lá estava ele, a obrigar a um esforço ainda maior para contrariar a sua força... pedalada a pedalada, alcançámos o topo, onde o excelente Staff tinha um abastecimento digno de muitas provas que ao pé disto deviam sentir-se envergonhadas: nougats à descrição, águas engarrafadas, fruta diversa... Muito bom!


Na descida, feita pelo lado da Abrigada, já ia cada um ao seu ritmo, ficámos um grupo de 4 amigos, com direito a paragem para cafézinho na Abrigada! :-)

Depois foi levar tareia do vento, sempre sempre contra e sempre a aumentar de intensidade, até ao ponto inicial. No fim, foram 130kms equivalentes a uns 180, tal foi o desgaste provocado pelo vento! Valeu a boa companhia de quem muito ajudou a resguardar-me desse inimigo público do ciclista: o vento!



Versão 2.1:

E num "bonito" dia de chuva, uma semana depois, temos uma Clássica de Carnaval organizada pela RBikes da Ota, num percurso totalmente diferente mas tendo como ponto comum  a subida ao Montejunto, e ainda com direito a umas rampas a 19% na passagem pelo Parque Eólico das Ereiras, como "aquecimento" para o Montejunto!

E se era preciso aquecimento! Era, porque foram 97kms totais feitos inteiramente debaixo de chuva, mas que me souberam muito bem, com certeza porque tive um upgrade precioso na minha bike: umas rodinhas emprestadas que andavam quase sozinhas, dotadas de vida própria e com um motor escondido no cubo.. só pode, tal a facilidade com que rolavam!

A subida não foi mesmo ao topo do Montejunto, tendo-se ficado pela base da Força Aérea, para depois começar a descer pelo lado de Pragança. E que descida!!! Perigosíssima e feita muito devagar, quase não havia visibilidade, a chuva caía que nem agulhas na cara, e havia uma neblina provocada pelo tempo fechado que não deixava ver nada. Km a km, cotovelo a cotovelo, chegou-se à estrada nacional, de regresso e já próximo dos anunciados 1600mts de subida acumulada...

Em suma, 2 belos dias para subir o Montejunto: um com sol e muito vento; outro debaixo de chuva mas com muita vontade e em dia "sim"!

Venham mais! Se esperarmos pelas condições perfeitas, jamais sairemos do sofá!