Realizou-se ontem, dia 13 de Fevereiro a edição deste ano do já tradicional Duatlo das Lezírias/Troféu José Luís de Matos.
Nada fazia prever (talvez à excepção dos boletins meteorológicos que poucos consultaram...) a tempestade que se abateu sobre os atletas durante toda a prova! Se os dias que antecederam a prova foram amenos, apesar de alguma chuva na tarde de sexta-feira, o dia da prova pareceu amanhecer relativamente aceitável e com temperaturas medianas. Por isso, a esmagadora maioria dos atletas ia mal preparada (eu incluída) para a chuva gélida, frio e vento que se abateu cerca de meia-hora antes da partida, que estava marcada para as 10h30.
Os atletas bem que se esforçaram por fazer um aquecimento razoável, mas a chuva que caía e o vento que se levantava não permitiram grande aquecimento. Falo por mim, que, como toda a gente, concentrei-me uns minutos antes da partida junto ao pórtico a aguardar a buzina, tendo todos tido que esperar ainda uns bons minutos após a hora marcada, pois não havia meio de a buzinadela sair! Tudo somado, foram uns 10minutos de espera imóvel e excessivamente descoberta (apenas com o usual fato de triatlo, de alças) que a todos massacrou.
Soa finalmente a buzina, e pese embora na corrida se aqueça bem em 6 kms, à entrada para o segmento de ciclismo em BTT que percorria cerca de 31kms, logo começámos a batalhar contra um vento frio e chuva de frente que ofereciam uma resistência tremenda na tentativa de deslocação, que embora fosse em estradão, mais parecia terreno esburacado. Logo nos primeiros metros alguns atletas desistiram, por motivos diversos. Ao longo do segmento, muitos outros ficaram pelo caminho. Quando o percurso virava à direita, logo se sentia o amainar do vento e do frio, mas no último terço do percurso, como se mais nada houvesse para nos complicar a vida, entrava-se num longo troço à beira-Tejo completamente coberto de lama, a dar que fazer à perícia, à escolha de pneus e também à fiabilidade das transmissões!
Impossível andar na roda... toda a lama e areia que saltavam das rodas de outros enchiam-nos completamente os olhos e dificultavam a visão. Assim, fui num esforço solitário, consistente e implacável (tanto quanto pude) durante todo o ciclismo, a rezar para que a transmissão se aguentasse, apesar de uns "chupões" frequentes na corrente.
Chegar ao PT para a corrida final poderia ter sido um alívio... não fossem os dedos dos pés e das mãos feitos pedra mal permitirem qualquer movimento! Demorei uma eternidade a descalçar e calçar, e recomecei a correr como se não tivesse pés, pareciam dois blocos de gelo.
Contas finais:
- 02h09 de prova; 1º lugar de Veteranos femininos I, 10ª Geral Feminina; Clube de Triatlo do Fundão: 1º classificado por Equipas femininas.
- 1h30 de lavagens de material, roupa, sapatos e corpo!
Ah Mena, não era dia de Triatlo, mas sim de windsurf ou outros desportos que vivem do vento... Parabéns, parabéns e parabéns!
ResponderEliminarEsta mulher é uma máquina... E andava a perder-se noutras modalidades!
ResponderEliminarParabéns, por esta e por muitas outras provas.
Feijão