segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

TITAN TROPIC Cuba by GAES - Resumo no canal TeleDeporte

Passou na véspera de Natal, no canal desportivo espanhol TeleDeporte, o programa-resumo do Titan Tropic Cuba 2015.

Que fantástica reportagem, a mostrar bem todos os aspectos da prova: a espectacularidade, a dureza, as condições meteorológicas e as condições dos acampamentos, da prova, etc.

A não perder, pois nada mostra melhor a Cuba profunda de Fidel, tal e qual como ela é, fora da capital Havana...

ENJOY!


sábado, 19 de dezembro de 2015

TITAN TROPIC CUBA by GAES 2015 - Prólogo

Quem quiser dar um passeio de 1h30 pela capital da Ilha de Fidel, venha comigo a bordo da minha Epic...

Privilégios destes não se têm todos os dias, por isso venham daí, são convidados a conhecer La Habana by bike...

Um enorme obrigada à One Buy Shop, que me facilitou a câmara GARMIN VIRB que permitiu imortalizar estes momentos.

Para memória futura...


domingo, 29 de novembro de 2015

Saturday Morning Sunny Ride!

O Sábado passado, dia 28NOV, serviu para fazer um treino longo em boa companhia...

Encontro a meio caminho com os amigos do Clube Oriental de Lisboa (Triatlo) que vinham do lado Norte, em Pegões, rumo ao objectivo mais importante da jornada: a "Bifana" tradicional de Vendas Novas!

Dia fantástico, de sol e calor num final de Novembro atípico.

Regresso por Canha (onde nos despedimos dos nossos amigos), numa bela e tranquila estrada como documentam as imagens, que serviram também para testar a câmara GARMIN VIRB Elite.

Já era tempo de comer outra bifana!!! ;-)



terça-feira, 27 de outubro de 2015

La Titan Desert by Garmin 2015 - Reportagem RTVE

Sempre que revejo estas imagens, bate uma nostalgia...

O deserto fascina e encanta....

Excelente resumen de la Titan Desert que motiva a vivirla nuevamente!!! Por RTVE.
Posted by Titan Desert Colombia on Segunda-feira, 26 de Outubro de 2015

IX Clássica Coimbra - Lousã (via Talasnal)

Esta Clássica já é um "clássico"....

Ligar Coimbra ao Trevim, no topo da serra da Lousã, e regressar a Coimbra de bicicleta.


Só que este ano o tempo trocou-nos as voltas... Estava de chuva...


E os colegas de Coimbra também nos trocaram as voltas!

Fizeram-no subir pela vertente do Talasnal, uma das Aldeias do Xisto da Lousã... Percurso lindíssimo, muito pouco frequentado, piso muito bom (apesar de a chuva ter trazido imensos detritos das árvores e terra para a estrada) e com vistas muito bonitas.

Mas tinha umas "paredes" que era de quase cair para trás! Isso aumentou o desafio, claro, e havia que subir de forma controlada, mas que permitisse ultrapassar as rampas de calibre respeitável.

E ainda pensar no desafio que se coloca todos os anos a quem participa nesta actividade que promove o convívio, o lazer e a camaradagem entre colegas que apenas se vêem uma vez por ano, neste evento. E neste evento somos todos iguais, e chega lá acima quem tiver mais pernas! Ora o desafio é fazer a melhor classificação possível por equipas, contando os 3 primeiros de cada "equipa", tudo oficioso, porque não há aqui nada de oficial! A ideia é apenas aumentar o interesse.

E não é que Lisboa foi, mais uma vez, ganhar em território dos organizadores??


Pena que a subida ao Trevim teve de ser abortada devido ao mau tempo e condições perigosas não só meteorológicas, como também do piso escorregadio e esburacado lá para cima.


Assim, fechou-se a classificação na bifurcação que conduzia ao Trevim, e regressámos todos em viaturas, porque nunca mais parou de chover o resto do dia em Coimbra!

Mas também já não fazia mal.... o resto do dia seria passado debaixo de tecto, em almoço-convívio e a respectiva "cerimónia protocolar"! ;-)

1º Lugar por Equipas
E ainda um prémio sorteado que me calhou a mim!!! Que sorte!


Os colegas de Coimbra esmeraram-se, e a fasquia está cada vez mais alta!

Agora tenho de ir gastar o "voucher", que "dor de cabeça"! ;-)

Para o ano há mais, e será a 10ª edição... palpita-me que mais surpresas nos irão reservar!

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Duatlo PORTerra Festibike 2015

Mais um ano, mais um Festibike... mais um Duatlo BTT que já faz parte da "tradição"!


Todos os anos se repete este ritual, e todos os anos tememos pelas condições do piso devido à incerteza desta altura do ano. Este ano passou de incerteza a certeza: iria certamente haver lama às toneladas no percurso de BTT!

Bom, mas vamos por partes: 15 dias depois de um Ironman, eu estava mais do que ciente de que não me encontrava em condições de disputar uma prova rápida e dura como esta. No entanto, fiz a seguinte pergunta aos meus "botões": o que importa mais? O estado em que me encontro, ou a ajuda (mesmo que fraca) que posso prestar à minha equipa feminina do Garmin Olímpico de Oeiras?

A resposta era fácil: a Equipa estava em 1º lugar! :-)


Por isso fiz o esforço, pensando que para pontuarmos tínhamos de acabar 3, e eu era o backup!

Claro que os 2 segmentos de corrida foram os que mais me custaram. Tenho as pernas vazias de energia, e a falta de treino destes 15 dias junto com a fadiga de 1 Ironman fizeram com que as pernas não se quisessem mexer. Mas eu obriguei-as, e "piano piano" elas lá foram andando!

Eu e a Maria João do CT Fundão, uma lutadora!
Queria era que passasse rápido (para isso teria de ter corrido mais rápido lol) para poder montar na minha querida Epic e seguir viagem sobre duas rodas em vez de 2 pernas!

Chega a hora de pegar na bicicleta e "ala" que já se faz tarde! Quando chegou a 1ª subida, ainda não tinha chegado a 1ª lama... E eis que um pouco antes da 2ª subida, vejo um lote de uns 15 atletas masculinos todos a voltarem para trás com as bicicletas à mão ou às costas...

Mas que se passa, pergunto?? "Ah isto não é admissível, está impraticável, é só lama, etc etc.", e eu: "Então e a prova, vão-se embora e não fazem a prova??", ao que responderam "Se eles querem assim, é assim que vai ser"...

Mas eu não me conformei e quis ver com os meus próprios olhos... Já ia à mão, mas ainda não tinha chegado à parte crítica, mas vejo um atleta que seguia um pouco mais à frente, pela erva circundante ao caminho, e vou indo atrás dele.... Pensei, deixa lá ver até onde é que dá para ir...

Não se via mais ninguém até onde a vista alcançava, todos os que vi tinham voltado para trás, por isso fui atrás do único que vi... O que é certo é que isso nos permitiu progredir, lento, com a bike sempre à mão, mas sem ela ficar imobilizada com toneladas de lama.

À 2ª e 3ª voltas já foi diferente, pois muitos atletas tendo optado por seguir pela erva junto ao caminho, abriu-se assim um trilho perfeitamente visível e ciclável, e assim se fez todo o segmento, mas muito, muito severo (para ser branda!!) para o material, uma dor de alma com tanta água e lama que existiam pelo percurso.


Segue-se a última corrida, e lá obriguei de novo as pernas a lembrarem-se do modo "correr"... Devagar... mas devagar se vai longe...


E assim cheguei ao fim, e contribuí da forma que pude para a minha fantástica equipa que bem merece todos os esforços que eu possa fazer!


E após cruzar a meta, receber um abraço destes, de uma atleta como a Ilda, de uma equipa supostamente (só na teoria!!) adversária... Palavras para quê??

Ilda Pereira (MTB Mozinho) e eu
No fim, tenho este belo serviço na minha linda bike:


A Ciclomarca vai tratar-lhe bem da saúde, como sempre!

O Olímpico de Oeiras trouxe o 2º lugar por equipas femininas, um troféu bem merecido perante tamanho massacre!

1º lugar: MTB Mozinho; 2º lugar: Garmin Olímpico de Oeiras; 3º lugar: Triatlo Abrantes
E para o ano há mais!

SEGUNDA PARTE DO DIA - Stand rodas SPEEDSIX no Festibike 2015:

Sou uma afortunada em poder competir com as rodas de carbono de melhor relação preço/qualidade do mercado ibérico, tanto em BTT como em estrada e em Triatlo. Assim, tive o maior gosto e foi para mim uma honra poder ser útil no atendimento e informação que pude dar a todos aqueles que nos visitaram durante o fim-de-semana no stand SPEEDSIX.

Eu e a Ana Rechena (aka Turtle)
Tanto eu como a Ana Rechena e a Fátima Melo, demos o nosso melhor para ajudar a equipa SPEEDSIX nas inúmeras solicitações durante esta feira. Até o vencedor da Volta a Portugal pelo 2º ano consecutivo, Gustavo Veloso (atleta patrocinada com Speedsix), não deixou de estar presente todo o fim-de-semana para, também ele, dar o seu  contributo e ajudar a esclarecer os menos informados quanto à qualidade indiscutível destas rodas.

Eu e Gustavo Veloso
Quem melhor do que o vencedor de uma grande Volta para atestar da qualidade destas rodas? Os resultados deles falam por si!

No final da feira, fomos e somos uma alegre "família" SPEEDSIX, unidos por uma mesma paixão: as bicicletas e a vontade de bem servir! :-)

Carlos Goméz, Nuno Silvestre, Fernando Santiago, Fátima Melo, Gustavo Veloso, Basili Franch, eu e Ana Rechena.

Até para o ano, e não deixem de visitar o site da marca Speedsix aqui e contactar o representante português Nuno Silvestre, com os cartões de visita que levaram do stand. Estejam à vontade!

Hasta!


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

IRONMAN Barcelona - o Video

PAIN IS TEMPORARY, IRONMAN IS FOREVER!


IRONMAN Barcelona 2015... Anything is possible!
[VIDEO] IRONMAN Barcelona 2015... Anything is possible!
Posted by Ironman Barcelona on Sexta-feira, 9 de Outubro de 2015

terça-feira, 6 de outubro de 2015

IRONMAN BARCELONA 2015: It's the Climb...


Pela 5ª vez, escalei mais uma "montanha" 8.000...

Pela 5ª vez, submeti-me a uma das maiores provações físicas e psicológicas a que um ser humano pode ser submetido numa competição desportiva...

Pela 5ª vez passei grande parte do ano, grande parte dos 365 dias que o compõem, a pensar neste dia...

Pela 5ª vez, pensei durante a prova "porque me sujeito a este sofrimento todo?" e "que estou eu aqui a fazer?"...

Pela 5ª vez, ambicionei ser Finisher, mas mais do que isso ambicionei cumprir a distância em menos de 12h...

Para quem não sabe, a distância é, nada mais nada menos do que: 3,800mts de NATAÇÃO + 180kms de CICLISMO + 42,200mts de CORRIDA (Maratona) = 226kms NON-STOP.

E pela 5ª vez fui FINISHER com exactamente 12h00... e 14 segundos! :-P

Mas estou há demasiadas linhas a falar de números... e quem me conhece sabe que não gosto de números...

Quem me conhece sabe que gosto das emoções...

Quem me conhece sabe que é o desafio que me move...

"Mas qual desafio, se já sabes que és capaz, porque continuas a lá ir?" - interrogar-se-ão alguns...

Porque quem me conhece também sabe que o estilo de vida não só meu, mas de quem se dedica a um ou vários desportos e gosta de se colocar à prova, não é condizente com ficar quieto muito tempo ou com dúvidas que nos impeçam de nos lançarmos em mais e mais desafios...

Quem me conhece sabe que mais importante que a chegada, o mais importante é o caminho...

E no fim, apesar do sofrimento, apesar das interrogações, apesar da incerteza quanto a repetir, apesar de tudo... "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi"!

E que emoções! Foram muitas, porque a prova contava com muitos portugueses, e porque tinha o meu amigo Javier que me recebeu e orientou e acompanhou os dias em que estive na zona de Barcelona.

Houve tempo para tudo: estar com amigos que passei a conhecer pessoalmente - Diana Vasquez (Colombia), Ciclistas Comunes Retos Extraordinarios, um "Clube", um ideal, um grupo de amigos ciclistas aventureiros que eu tenho a honra de "representar" na Europa;

Diana Vasquez e eu



Passeei de scooter na cidade de Barcelona com o meu amigo Javier;

Catedral da Sagrada Família, obra inacabada de Gaudí

Preparei a prova como tinha de ser preparada, tudo a postos. Tudo o que podia fazer, foi feito.

Parque de Transição
Bikes à prova de chuva!


Na véspera da prova a ansiedade era muita devido ao mau tempo e ao estado do mar. As previsões para o dia 04 de Outubro, o dia D, eram de melhorias significativas, e tal veio a confirmar-se. Só o estado do mar, embora melhor, ainda era algo preocupante para mim.


Mas na manhã da prova, enquanto aguardava na "box" que elegi para a minha partida (organizadas por tempos previsíveis de realização da natação, eu escolhi "01h20-01h24"), o encontro inesperado com os meus amigos Sérgio e Ana Guimarães, e o Aníbal, foi tranquilizador e teve um efeito calmante para todos nós. Pessoas comuns, em igualdade de circunstâncias e receios parecidos, prestes a enfrentar um desafio de enorme envergadura, partilharam o bálsamo mútuo que é a amizade e o conforto de um abraço apertado e desejos de boa sorte.

Eu, Sérgio Oliveira e Ana Guimarães na véspera da prova.
Partimos, braços e pernas que se pontapeiam, corpos que se atropelam, golfadas de ar que trazem goles de água salgada em vez de oxigénio, impulsos que queremos dar para seguir em frente. Passa o aperto inicial, e siga que tenho de despachar isto o mais depressa que puder (o "depressa" foi em 1h21), para poder montar na minha bike e voar com as Speedsix pela marginal que liga Calella a Montgat.

À saída do Parque de Transição, após a natação.
A bike voou e o tempo também. E agora vamos lá correr... Corri não com as pernas mas com o meu querer; corri não com os músculos, mas sim com a minha determinação; corri não com energia, mas com a alegria de ter um amigo por perto que não me deixou quase nunca só, que puxou por mim e me deu aquele reconforto de saber que não estava sozinha, mesmo quando o sol se foi, quando as luzes diminuíram, e quando o meu alento cada vez era menor... Mas não se apagou!


Cruzei a meta e cruzei os limites da minha resiliência... pela 5ª vez. E pela 5ª vez ouvi a expressão: "Filomena, YOU-ARE-AN-IRONMAN!"

Afinal sobrou energia para um grande "Xmile", afinal restaram forças para um salto, afinal reencontrei mais adrenalina para levantar os braços em triunfo e retribuir um "high 5" ao speaker!

And you know what??

"There's always gonna be another mountain
I'm always gonna want to make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm going to have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side

It's the climb."


Um agradecimento gigante ao Javier Carreiras, um TITAN com letras maiúsculas, e um AMIGO enorme.


Bem hajam a todos quantos me incentivaram e apoiaram das mais diversas formas, entre eles o apoio das rodas SPEEDSIX, Ciclomarca Bicicletas, Espigão Suplementos. MUCHAS GRACIAS! 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Duatlo de Torres Vedras (distância Standard)

O Duatlo de Torres Vedras é dureza... para começar é sempre na distância standard, em vez do habitual "sprint"... Mas porque é que eu não me lembrei da dureza antes?? :-P

Para agravar, a partida estava prevista para as 15h... Acho que foi a 1ª vez que fiz uma prova às 15h.... e acho que não repito! Que calor infernal! E eu que a semana passada andei horas ensopada... :-P


Eu sou ao contrário do Marco Fortes: de manhã eu não estou bem na caminha! É de manhã que gosto de fazer exercício e/ou provas... 

E o problema do almoço?? Pois, não é fácil... no meu caso não resultou lá muito bem, mas enfim.

Para ajudar a equipa feminina do meu Clube Garmin Olímpico de Oeiras a tentar fechar no 1º lugar esta época, fui dar o meu melhor, e fazer um bom treino, pelo menos era o que eu pensava...

Um grupo muito unido, como sempre, tanto nas femininas como em masculinos... 

Aquecendo... (mais??)
E desta vez deu-se uma partida separada: 1º os homens e 5min depois partimos nós.

Concentradíssimas!
No início tudo bem... mas passada uma volta (eram 4, total de 10k) naquele circuito cheio de viragens e cotovelos, percebi logo que não estava nos meus dias... O calor a fazer das suas, o almoço que ainda se fazia sentir e não devia... e as pernas que não queriam colaborar... Foi cada volta a pensar que aquilo nunca mais acabava....


Mas lá acabou (temporariamente) e veio então o segmento de ciclismo.

Como é que é possível, num CIRCUITO de 6 voltas, a perfazerem cerca de 40kms, não existir um único ponto de abastecimento de água?? Do ponto de vista logístico nada mais simples... Com aquele calor, àquela hora, agravado por 1 percurso exigente com algumas subidas duras (e descidas, é certo) e vento de frente todo o tempo antes do retorno, o desgaste é imenso. Levei um bidon com electrólitos (que quando peguei na bike já era "chá" devido à temperatura exterior) e o mesmo só durou metade do percurso. Estava longe de imaginar que não existiria água no ciclismo, só na corrida... Valeu-me o resto do bidon que o meu amigo André me dispensou quando se preparava já para terminar o segmento, e a mim ainda me faltavam 2 voltas....


Mas o sofrimento ainda não tinha passado, aquelas duas últimas voltas de corrida (5k) no circuito do jardim foram um massacre físico e psicológico...


Tenho a certeza que desidratei no ciclismo, pois a forma como o corpo se recusava a responder não era normal.... Mas lá convenci a minha mente (fazemos coisas inimagináveis quando estamos empenados, até falar sozinhos lol) de que se tratava não só de algo importante para a equipa feminina (sobretudo depois de termos perdido 1 elemento), como também de que se tratava de um "mal necessário" para a grande prova que aí vem....

E assim dei a volta ao texto, com muito, muito esforço, e muita vontade de não obedecer nem ao Tico nem ao Teco, que só diziam disparates e para eu desistir... resolvi ouvir só a mim própria, esse ego que dizia "tu consegues, só mais um pouco"...

E prontos, terminei em 02h36, e terminámos como equipa; não chegou para a vitória, mas para a próxima é melhor!


P.S. Para o ano, lembrem-me a tempo de que esta prova é dureza... Assim pode ser que eu tenha juízo e não vá! ;-)



“A força não vem da capacidade física. Provém de uma vontade indomável." (M. Gandhi)

Fotos: TRIATLO PORTUGAL

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

SkyRoad GranFondo Aldeias do Xisto (Lousã)

Das 4 edições com que já conta este Granfondo Skyroad Aldeias do Xisto, só falhei a do ano passado, sendo esta, portanto, a minha 3ª vez nesta prova de ciclismo para amadores.


Conheço muito bem todas aquelas subidas e todas aquela descidas; conheço muito bem as paisagens deslumbrantes desta zona, a tranquilidade destas estradas, o canto dos pássaros misturado com o ruído das rodas de carbono a rolar; conheço muito bem a organização; e conheço-me muito bem a mim própria...

Sei com o que posso contar, se bem que nada é garantido... Sei que a época já vai longa, que tenho treinado o mais possível em plano e pouca ou nenhuma montanha, que em nada me beneficiaria nesta fase; sei que as minhas reservas energéticas não estão no seu auge... Mas também sei que quando meto uma coisa na cabeça é para fazer, doa o que doer, custe o que custar. E custou!

Custou mas foi! E à 3ª é de vez, e lá trouxe o 1º lugar absoluto feminino. Nice!

Mas este Skyroad nesta data, para mim significava o último treino longo que escolhi antes do objectivo que me vem acompanhando desde há quase 1 ano. Tem muita montanha, é verdade, mas subir nunca fez mal a ninguém, e na verdade é o que mais gosto! Além disso, os quilómetros ficam nas pernas... e é esse o treino que interessa. Ora aqui estão as subidas "ilustradas":


Mas o que mais interessa é usufruir: da companhia, do ambiente, do desafio e das paisagens. Quanto à companhia, ela é sempre 5 estrelas quando encontramos imensos amigos nestes eventos, que conhecemos de outros eventos similares ou não. Tanto para mais que fui representar a minha equipa 5Quinas/ Município de Albufeira e emprestar o colorido dos nossos equipamentos ao pelotão do GranFondo!

Ana Gaspar, Orieta Oliveira, e eu

E como "figuras ímpares" que somos, partimos da Box VIP, a box da Acreditar, que nos colocava logo na frente da corrida.


Quanto a paisagens.. elas ficaram um pouco desvirtuadas pelo mau tempo que se fez sentir. Já sabíamos desde há uns dias que havia probabilidades de chuva. Na véspera da prova as probabilidades passaram a ser uma certeza. Tanto que a organização, ciente disso, decidiu (e bem) neutralizar a última descida que conduzia à Lousã, onde inicialmente estava a meta. Assim, o cronómetro parou no topo da subida que vinha de Castanheira de Pêra, sendo que os 20kms de ligação à Lousã era necessária mas já não contava.

Foi a decisão acertada, pois aquela descida já é perigosa pois acumula muita caruma, pedrinhas e areias junto às bermas. Com todo aquele temporal, ainda havia mais "lixo" na estrada. Daí que só neste troço houve imensos furos, eu incluída! Mas o tempo já não contava e fomos andando devagar, a bater o dente, mãos geladas, ensopados da cabeça aos pés, só com a ajuda de um jornal que providencialmente a organização forneceu a quem quisesse, como protecção térmica para o peito.

O tempo começou a piorar mais ou menos na zona da Barragem de Sta. Luzia. Isso para mim foi cerca das 11h30, quando ainda subíamos, mas já encontrei o piso molhado quando iniciei a descida. Todo o cuidado era pouco, e para isso muito nos alertaram os "motards" da organização. [Nota: os "motards" da Vuelta a Espanha deviam aprender com estes! Como se circula numa prova sem perturbar ninguém nem pôr ninguém em perigo!]

Foto: Skyroad
Depois foi sempre à chuva, cada vez mais, chuva miudinha persistente e depois chuva a sério. Estive ensopada horas a fio. E como ainda não tinha ligado o chip do "modo Inverno", nem pensei em abafos nem nada de parecido. Basicamente ia à Verão: calção, jersey de manga curta e apenas um colete (não era impermeável) por cima. Senti frio na descida para a Pampilhosa, mas de resto o esforço mantinha-me quente. Mas o pior foi mesmo na descida final que já não contava. Aí sim, tive sérias dificuldades para conseguir accionar mudanças e travões.

No final, para além do 1º lugar em femininos (cujos troféus/prémios só irão ser distribuídos por correio), sendo Finisher trouxe a respectiva medalha, e também um pólo muito bonito do "Scudetto". o Scudetto é um troféu de regularidade que visa premiar os ciclistas masculinos e femininos, assim como as equipas, que participem nas provas que anualmente fizerem parte deste troféu. A posição ou o tempo em cada uma das provas não é relevante, bastando ser Finisher. Uma ideia original e simples, que distingue quem participou em ambas as provas deste ano.




As minhas reservas energéticas podiam não estar no seu melhor (mas chegaram para uma prova deste calibre!), mas as minhas imunidades só podiam estar bastante bem, porque após horas ensopada, estou sem qualquer sintoma de resfriado, o que é bom!


Agora começa a contagem decrescente para mais uma "montanha 8.000"... Depois conto-vos como foi!


"A dream doesn't become reality through magic; it takes sweat, determination and hard work."(Colin Powell)


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Maratona de Seia - XCM

As Maratonas da Taça de Portugal de XCM não são umas maratonas quaisquer... ou não deviam ser.

As Maratonas da Taça de Portugal consagram os melhores atletas de Maratonas realizadas sob a égide da UVP/FPC ao longo de toda uma época. E ao longo de uma época, há muito esforço, muito treino, muita dedicação, muita regularidade, muito investimento, e muitas obrigações para com patrocinadores e apoiantes em geral.

Tudo isto para dizer que: se as maratonas da Taça de Portugal fossem fáceis, todos os praticantes as fariam... Podem fazer na mesma, pois continua a haver uma classe lazer/ promoção. Mas o que distingue estas maratonas das outras é o grau de dificuldade das mesmas (vulgo "dureza"), que simplesmente não são para qualquer um, sem desprimor para ninguém!

Juntemos a isto uma maratona a realizar na Serra da Estrela, em pleno mês de Agosto, e temos os ingredientes certos para um empeno de luxo!


E como "empeno" é o meu nome do meio, lá fui eu participar a convite da minha equipa 5Quinas/ Município de Albufeira, levar as cores do Algarve à maior e mais bonita serra de Portugal continental!

Antes fui muito bem recebida pelo casal maravilha Andreia e Ruka, residentes em Gouveia, que nos abriram as portas de casa e trataram do nosso bem-estar e respectivo "carbo-load" para uma prova tão exigente. Um enorme bem-hajam amigos!

De manhã, bem animados e aquecidos (os termómetros às 08h30 da manhã já iam nos 26º), o cenário era de muita animação e intenso vaivém para cima e para baixo, enquanto se fazia um aquecimento aos músculos, ao mesmo tempo que se respirava o ambiente de uma maratona mítica como é a de Seia.

Dá-se a partida às 09h30 e eu estou mentalizada que iria ser uma longa e dura jornada de muitas horas em cima do selim... só não pensei que fosse tão penoso quanto veio a ser, fruto de um traçado escolhido a dedo, e de alguns erros que cometi nas semanas anteriores à prova.

O traçado era este:


Deveras "interessante", não??

O que o gráfico não mostra, e o que tentei que o sofrimento não me retirasse, foram as paisagens fantásticas das altitudes respeitáveis em que pedalámos; os single tracks lindíssimos, técnicos qb, mas muitos deles cicláveis com cuidado, excepção feita àquele que tinha sido alvo de filmagem de uma "onboard camera", o qual fiz todo a pé por ser perigoso e eu não ter kit de unhas para ele!


Dos singles que mais gostei destaco, por volta do km 45, aquele que descia para a Praia Fluvial da Lapa dos Dinheiros, e que seguia à beira de uma linha de água lindíssima, de água translúcida e que só dava vontade de nos jogarmos lá para dentro, tal o calor que se fazia sentir! De vez em quando deitava um olho para o GPS, que nunca marcou temperaturas abaixo dos 30º! Aqui está uma vista aérea da zona, vale a pena dar uma olhada:



O momento mais difícil foi mesmo a 1ª grande subida, que começou por alturas do km 14/15.... Foi aí que me dei conta da minha falta de força, uma sensação que eu desconhecia até então, pois força nunca me faltou até hoje... Oh well, há sempre uma 1ª vez, e estamos sempre a aprender...

A juntar a esta 1ª grande subida, a última subida final, depois da ZA4, um sofrimento gratuito e escusado... se eu pudesse alterar alguma coisa nesta maratona, alterava isto, pois esta já foi a mais, a meu ver...

No entanto, esta prova é realmente diferente, linda pela envolvente, e dura a fazer jus à sua fama e ao Clube organizador BTT Seia.

Com tudo isto, faço questão de para o ano lá voltar para corrigir o que fiz mal feito, para sofrer menos, e para fazer melhor, sempre melhor! Mas ainda levei as 5Quinas ao pódio em Masters 40! ;-)

1ª classificada Lisa Torpes (BTT Loulé), 2ª classificada Filomena Paulo (RBikes/Ota/Anipura), 3ª Filomena Gomes (5Quinas/Município de Albufeira)

Mais uma experiência que não irei esquecer tão cedo...

"A veces, la diferencia entre ganar y no ganar es no abandonar"... 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Taça de Portugal de Estrada Femininas - Circuito de Calvos (Milharado)

Vou contar esta história em imagens, pois além de ter imensas, também já sabemos que "uma imagem vale mais que 1000 palavras"...

Ontem teve lugar a nossa 5ª e última prova da Taça de Portugal:


O panorama era este à partida para a prova, que juntava TODAS as femininas no mesmo percurso, apenas diferenciando o número de voltas para cada escalão:

5Quinas/ Município de Albufeira sempre distintivas e "bem vestidas"!
Dá-se a partida e temos um pelotão muito bem composto:


Mas eu enchi-me de coragem e fugi dali para fora! Não porque não gostasse das minhas companheiras de equipa e adversárias, mas sim porque gosto de me testar a mim própria e aos meus limites, e ao mesmo tempo pensei em dar um abanão no pelotão para ninguém adormecer. E lá fui eu!


Ups, então e ninguém vem atrás de mim??


Deixa lá aproveitar...


Aproveitei uma boa descida para fugir, e depois tentei manter nas subidas e a rolar...


De vez em quando deitava um olho cá para trás...


Mas como não vinha ninguém e o grupo ia ficando mais distanciado, fui-me deixando ir...


Os comissários iam-me dizendo os segundos que levava de avanço, e estranhamente esse tempo ia aumentando...


Passou de 16 segundos, para 24''... E depois de 24'' para 44''...


Enquanto durasse, estava determinada a dar luta, mesmo que não levasse a lado nenhum, mas a lado nenhum também não se vai sem tentar.... O pelotão, esse, não o via há muito tempo...


Eu bem que olhava para trás, mas nada...


Isto durou 3 voltas e meia, e aí já sabia, por informação dos comissários, que o pelotão me estava a ganhar tempo. Na subida mais dura fui apanhada, e assim terminou a minha aventura a solo nesta prova da Taça.

Fiquei para trás para descansar um pouco, e depois fui acompanhando o ritmo. Vi a minha colega de equipa Lisa Torpes tentar também a sua sorte, logo seguida da líder da Taça em Masters, e deixei-as ir, eu já tinha feito a minha parte.

Ainda lá fui após um pedaço, para ir ao menos na discussão. Como não estava assim tão próxima, não assisti ao sprint a poucos metros da meta que acabou por ditar a queda violenta da líder, tendo a Lisa das 5Quinas sido a 1ª a cortar a meta. Eu cortei em 3º das Masters, pois a Teresa ainda se levantou e cruzou a meta. As melhoras para ela.

Enquanto a nossa prova e das Cadetes terminava, com a nossa Raquel Silva a fazer um brilhante 1º lugar, a corridas das júniores continuava com mais 2 voltas, e a das Elites com mais 5 voltas. A nossa Celina Carpinteiro viria a fazer o 1º lugar e a Liliana, também 5Quinas/Município de Albufeira, fez o 2º. Um pódio em grande para a nossa grande equipa! É destes momentos que reza a nossa história:


Mas também é destes momentos, que agradam aos nossos patrocinadores e que nos enchem também de enorme orgulho. Afinal, é a recompensa por toda a nossa dedicação e sacrifício: Vencedoras da Taça de Portugal de Estrada Femininas! Yeahhhh!


Mais do que uma equipa, um grupo unido e motivado....

O nosso Director Desportivo, Ludgero Coelho, ergue a merecida Taça de Vencedoras

E como qualquer boa comemoração de vitória, a mesma tem de ser acompanhada de espumante e bolo! Em dia de etapa de consagração da Volta a Portugal, as 5Quinas/Município de Albufeira celebraram também desta maneira a sua vitória:



E por falar em Volta a Portugal.... Ainda houve tempo de ir ver chegar os bravos guerreiros da Volta, e assistir à enorme festa do ciclismo que se fez no Marquês de Pombal, em plena Lisboa. Dá gosto ver estas verdadeiras máquinas!




E ainda fizemos uma "espera" junto à autocaravana da W52/Quinta da Lixa para oferecermos um calendário da Equipa Feminina 5Quinas/Município de Albufeira ao camisola amarela e vencedor da Volta a Portugal, Gustavo Veloso. E conseguimos!


Fomos as últimas a abandonar a "festa"!


Não é para quem quer... é só para quem pode! Aí está ele!

Liliana de Jesus, Gustavo Veloso, Francielle Crestan. Três grandes ciclistas! ;-)
"A dream doesn't become reality through magic; it takes sweat, determination and hard work." (Colin Powell)